quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Poluição Atmosférica

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA MATA 600 MIL CRIANÇAS POR ANO


A poluição atmosférica causa todos os anos a morte de cerca de 600 mil crianças com menos de 15 anos em todo o mundo, devido a infeções agudas das vias respiratórias, alertou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).
A poluição do ar é o "novo tabaco", sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no `site´ da organização que promove hoje e na terça-feira em Genebra a primeira conferência mundial sobre "A poluição do ar e a saúde".
A OMS publicou um relatório que indica que todos os dias cerca de 93% das crianças com menos de 15 anos em todo o mundo respiram ar poluído, que prejudica gravemente a sua saúde e o seu desenvolvimento.
Segundo estimativas da OMS, mais de 91% dos habitantes do planeta respiram ar poluído, o que provoca sete milhões de mortes anualmente.
"Esta crise de saúde pública merece uma maior atenção, mas existe um aspeto particularmente negligente: A forma como a poluição afeta particularmente as crianças", refere o relatório da OMS.
Em 2016, a poluição do ar no interior das casas e no exterior provocou a morte de 543 mil crianças com menos de cinco anos e de 52 mil crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 15 anos em consequência de infeções graves das vias respiratórias, divulga ainda o relatório.
O estudo explica também que as mulheres grávidas expostas a ar poluído são mais suscetíveis de terem partos prematuros e de darem à luz bebés com baixo peso.
A poluição do ar afeta igualmente o desenvolvimento neurológico e as capacidades cognitivas das crianças. Assim, as crianças expostas a níveis mais elevados de poluição correm o risco de desenvolver doenças crónicas e problemas cardiovasculares em idade adulta.
Uma das razões porque as crianças são especialmente vulneráveis aos efeitos da poluição atmosférica é a de que respiram mais rapidamente do que os adultos, absorvendo com maior facilidade os agentes poluentes.
Os recém-nascidos e as crianças são igualmente vulneráveis à poluição do ar no interior das casas, uma vez que o uso regular de instrumentos tecnológicos e de combustíveis para cozinhar afetam a qualidade do ar.
Na opinião da diretora do departamento de Saúde Pública da OMS, Maria Neira, a prioridade da comunidade internacional terá de ser acelerar a transição para fontes de energia limpas e renováveis.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Curiosidade sobre o meio ambiente


Quando se fala em meio ambiente, existe uma infinidade de assuntos, principalmente sobre curiosidades, pois tudo está conectado já que vivemos em um planeta composto por inúmeras espécies. Em pesquisa realizada por meio da internet podemos encontrar muitos materiais interessantes e curiosos, contudo separei alguns assuntos que mais me chamaram atenção:


Estima-se que existam no planeta cerca de 4.600 espécies de mamíferos, 31.000 espécies de peixes e mais de 900.000 espécies de insetos, muitos dos quais ainda não estão identificados. Estima-se que em cada ano se extinguem de 17.000 a 25.000 espécies de seres vivos em todo o Mundo. Só na Europa há cerca de 1.500 plantas em risco de extinção ou já extintas. Os rios amazônicos são os rios com maior diversidade de espécies de peixe no mundo. Já foram descritas mais de 1500 espécies, mas estima-se que existam pelo menos o dobro. Este número é quinze vezes maior do que o número de espécies encontradas nos rios da Europa. (Dom Escobar, 2010)


Sabia que é preciso cortar uma árvore de 15 a 20 anos de idade para produzir apenas 700 sacos de papel? Que uma tonelada de papel reciclado poupa cerca de 22 árvores, economiza 71% de energia elétrica e polui o ar 74% menos do que se fosse produzido de novo? E que para fabricar 1 tonelada de papel novo é preciso 10 a 20 árvores, 10 000 litros de água e 5 Mw/hora de energia, enquanto para 1 tonelada de papel reciclado apenas é preciso 1,2 toneladas de papel velho, 2000 litros de água e 2,5 Mw/hora de energia? (Guarulhos Notícias, 2010)



Todos os anos são destruídos mais de 13 milhões de hectares de floresta tropical. Se as contas forem feitas, isto representa a destruição de 35 mil hectares por dia, 1.500 hectares por hora e 25 hectares por minuto. A poluição dos rios e oceanos pode ser a causa da redução de muitas populações animais. Pesquisadores acreditam que o lixo tóxico lançado pelas indústrias situadas ao longo do rio será a causa de mortalidade destes animais, já que exames aos seus corpos revelam altos níveis de produtos químicos nocivos, como policlorados, DDT, mercúrio e cádmio. (Dom Escobar, 2010)


 
Sabia que, para se decompor na natureza, o vidro leva milhares de anos? Sendo 100% reaproveitado, e parte pode ser reciclável, o vidro não produz resíduos na hora da reciclagem e economiza 30% de energia elétrica. O vidro nunca acaba, pode ser reciclado indefinidamente. Por cada tonelada de vidro reciclado, poupa-se em média, mais de uma tonelada de recursos (603 Kg de areia, 196 Kg de carbonato de sódio, 196 Kg de calcário e 68 Kg de feldspato)? Além disso, por cada tonelada de vidro novo produzido, são gerados 12,6 Kg de poluição atmosférica, pelo que, o vidro reciclado reduz em 15 a 20% essa poluição. Sabia que a natureza leva 2 a 6 semanas a decompor um jornal, 1 a 4 semanas as embalagens de papel, 3 meses as cascas de frutas, 3 meses os guardanapos de papel, 2 anos as bitucas de cigarros, 2 anos os fósforos, 5 anos as pastilhas elásticas, 30 a 40 anos o nylon, 200 a 450 anos os sacos e copos de plástico, 100 a 500 anos as pilhas, 100 a 500 anos as latas de alumínio e um milhão de anos o vidro? (Guarulhos Notícias, 2010)

sábado, 8 de dezembro de 2018

20 dicas ecológicas para poupar água

As Nações Unidas estimam que em 2025 dois terços da população mundial vão enfrentar a escassez de água e é crucial interiorizarmos a importância deste bem precioso e o facto de que se torna cada vez mais urgente poupar água. Quais os benefícios de poupar água? Poupa-se energia, poupa-se dinheiro, poupa-se o planeta. Torne estas dicas ecológicas em hábitos diários e poupe água sempre que abrir uma torneira.



1. Mantenha a torneira fechada sempre que lavar as mãos, os dentes ou fizer a barba – o resultado é uma poupança entre 10 a 30 litros de água por dia. Um simples gesto ecológico que o planeta agradece…

2. Equipe as torneiras de casa com redutores de fluxo – este pequeno equipamento é encaixado nas torneiras e, ao misturar o ar com a água, reduz o seu caudal em cerca de 50%.

3. Se vai construir ou remodelar, instale torneiras temporizadas (desligam-se automaticamente depois de alguns segundos) ou torneiras eletrónicas com sensores (são ativadas exclusivamente com a ação das mãos).

4. Sabia que gasta menos 50% de água sempre que trocar o banho de imersão pelo duche? Pode continuar a poupar na hora de tomar banho se reduzir o tempo que estiver debaixo do duche ou se desligar a água na altura em que aplica o sabão/champô/amaciador (menos 2 minutos = menos 40 litros de água). Instale um chuveiro de baixo fluxo para poupar ainda mais água.

5. Se vai construir ou remodelar uma casa de banho, considere a instalação de uma sanita mais eficiente e ecológica como, por exemplo, os autoclismos duplos ou com botão de controlo. Caso contrário, pode utilizar o velho truque de colocar uma garrafa cheia de água no depósito do autoclismo para reduzir a quantidade de água desperdiçada em cada descarga.

6. Não utilize a sanita como cesto do lixo, evitando assim descargas desnecessárias e poupando 10 a 15 litros de água de cada vez. Esta é uma forma extremamente simples de viver uma vida mais verde!

7. Sempre que quiser beber um copo de água fresca, não deixe a torneira a correr – tenha sempre uma garrafa de água no frigorífico.

8. Outra dica ecológica para poupar água é não descongelar alimentos com a torneira da água a correr, optando antes por um descongelamento natural.

9. Evite encher excessivamente as panelas com água na hora de cozinhar e cozinhe com a tampa da panela colocada – poupa água e conserva o sabor dos alimentos.

10. Se lavar a loiça à mão, não deixe a torneira a correr durante todo esse processo de lavagem. Em vez disso, encha um dos lados do lava-loiça ou uma pequena bacia com água fresca para retirar o sabão da loiça lavada.

11. No caso de ter uma máquina de lavar loiça, só a coloque a trabalhar quando tiver a carga cheia; escolha programas curtos e económicos; evite passar a loiça por água antes de a colocar na máquina.

12. Poupar água com a máquina de lavar roupa também passa por ligá-la apenas quando tiver a carga máxima e, claro, optar por programas adequados ao vestuário a ser lavado, preferencialmente curtos e económicos.

13. Sempre que adquirir uma máquina de lavar loiça ou de lavar roupa, eleja eletrodomésticos de elevada eficiência energética, ou seja, de Classe A, para poder poupar água e energia sempre que as ligar.

14. Poupará mais água se levar o carro a um posto de lavagem automática. No entanto, se quiser lavar o carro em casa, esqueça a mangueira e pegue num balde e esponja – a diferença pode ir até 400 litros de água!

15. Quando lavar o exterior da casa, evite igualmente a mangueira, optando antes por uma vassoura e um balde com água.

16. Regar plantas e jardins requer um elevado consumo de água, por isso, sempre que possível recolha e recicle água: coloque baldes para recolher a água da chuva, aproveite a água da cozinha ou aquela que se desperdiça enquanto se espera que a água do chuveiro aqueça.

17. Evite a instalação de chafarizes, fontes e quedas de água no jardim e/ou na piscina – representam um verdadeiro desperdício de água a não ser que essa água possa ser reutilizada.

18. No caso de ter uma piscina, pode torná-la mais ecológica ao substituir os filtros tradicionais por filtros especificamente concebidos para poupar água. Para além disso, a utilização de uma cobertura de piscina contribui para a redução da evaporação da água em cerca de 90%, o que se pode traduzir numa poupança de vários milhares de litros de água por mês.

19. Não encha demasiado a piscina, de forma a evitar a perda de água com os mergulhos e as brincadeiras na piscina.

20. Embora sejam apenas gotas pequenas e esporádicas, qualquer fuga de água é desperdício de água (30 litros por dia ou mais), por isso, para além de reparar essas avarias imediatamente, inspecione regularmente torneiras, chuveiros, mangueiras, sistemas de rega e piscinas para verificar que não tem nada a pingar.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Tipos de solos

A qualidade e características de solo vão depender de diversos fatores, como o tipo de rocha do qual o solo se originou, o clima do local, a matéria orgânica presente e até a vegetação encontrada no local.

O tipo do solo influência até mesmo o desenvolvimento económico de uma região, pois do solo depende a agricultura e outros aspectos de desenvovimento de uma comunidade.
Conheça os tipos de solo


Tipos de Solo Existentes
Tipos de Solo Existentes

Solo Arenoso

Nos solos arenosos existe uma quantidade de areia maior que o encontrado em outros solos. Essa quantidade de areia pode chegar a 70% da composição do solo, e isso faz com que eles sejam porosos e permeáveis.
Justamente por esta permeabilidade os solos arenosos geralmente são pobres, não sendo bons para a agricultura.
Geralmente os solos arenosos estão presentes em desertos ou regiões desertificadas.

Solo Argiloso

Na composição de um solo argiloso é possível encontrar até 30% de argila, que é mais fina do que a areia e mais fortemente ligada.
Isso garante que a água e os nutrientes serão retidos pelo solo, tornando-o mais fértil e rico.
No entanto, a quantidade de água despejada no solo não pode ser muito alta para não encharcá-lo (pois assim o solo se torna lamacento), mas também não muito baixa para não deixá-lo rachado e seco (pois o solo ficará compactado e duro), pois essas duas condições adversas podem comprometer a saúde e fertilidade desse tipo de solo.

Terra Preta

A terra preta é farta em húmus, e é fértil. O húmus é eficiente na retenção de água e sais minerais, além de permitir uma boa aeração. A decomposição de resíduos orgânicos neste tipo de solo fornece diferentes tipos de nutrientes.
Além disso a terra preta não é muito ácida, favorecendo o plantio de diversas espécies vegetais.

Terra Preta
Terra Preta

Terra Roxa

O solo deste tipo também é fértil, e é composto pela decomposição de rochas do tipo arenito-basáltico.
A cor variando entre o avermelhado e o arroxeado se deve à forte presença de minerais, em especial o ferro.

O termo “terra roxa” foi inspirado na expressão italiana “terra rossa”, que significa terra vermelha.
Este tipo de solo é antigo, e está presente em grande quantidade nas regiões sudeste e sul do Brasil, sendo que no Sul é bem destacada a presença da terra roxa.

Mesmo com as propriedades naturais do solo favorecendo a agricultura, é necessário cuidar dele para que não perca os nutrientes e riqueza. A vegetação é importante no equilíbrio natural, sendo assim o desmatamento compromete a saúde do solo.

Bioluminescência


A bioluminescência é a emissão de luz por um organismo vivo. No abismo, a bioluminescência é comum a 4000 m de profundidade. 

A bioluminescência é parte integrante dos meios de sobrevivência dessas espécies. 

Estes animais desencadeiam reacções químicas em que a energia é convertida em energia luminosa. É especialmente no mundo marinho que encontramos uma grande variedade de animais luminosos. 

Na zona abissal, onde a luz solar não alcança pelo menos 80% das espécies são bioluminescentes. 
A Bioluminescência desempenha várias funções : comunicar com indivíduos da mesma espécie, enganar ou assustar predadores, camuflar-se, etc. 

sábado, 1 de dezembro de 2018

Plantas aéreas terrestres e aquáticas

O universo da botânica apresenta diversos tipos de plantas, como as plantas aéreas, terrestres e aquáticas. De uma forma geral, as plantas podem ser consideradas estruturas vivas que nascem sobre o solo, a água ou sobre outras plantas.


 As plantas aéreas são aquelas que se encontram acima do solo. Um exemplo de planta aérea é a orquídea, uma flor epífita, que se desenvolve sobre outra planta e suga água e nutrientes dela.


As plantas terrestres são as que se desenvolvem em substratos não-submersos, como a terra ou as rochas. Como exemplos de plantas terrestres, temos a palmeira e a samambaia.

Já as plantas aquáticas são aquelas que vivem dentro da água, como rios e lagos. Um exemplo clássico de planta aquática no Brasil é a Vitória-régia, típica da região norte do país.

No caso das plantas aéreas, a principal característica é que elas vivem com outras plantas sem caracterizarem um tipo de parasita. As plantas terrestres têm raízes subterrâneas e uma estrutura completa, com caule, folhas, flores e frutos.

Uma curiosidade sobre as plantas é que elas se desenvolveram inicialmente na água e, mais tarde, com a evolução das espécies, chegaram ao meio terrestre. As plantas aquáticas não têm caule tradicional e precisam de muita exposição ao Sol.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Ecologia e Geologia dos Carvões do Douro


O Sistema Carbonífero do Douro: da paisagem ao ordenamento
The Carboniferous System of Douro: from landscape to territorial planning

Ribeiro, Daniela1
1 Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto; Via Panorâmica S/N, 4150-755 Porto, Portugal; daniela.p.alvesribeiro@gmail.com


RESUMO
Em 1994 encerra a última exploração de combustível nacional, ficando em suspenso a evolução da paisagem outrora determinada pela transformação do carvão em energia, desde as estruturas de apoio social na proximidade dos pontos de extração ao longo da Bacia Carbonífera do Douro, até aos sistemas (infra)estruturais da, e na, cidade do Porto. Desmaterializada a fonte de energia, todo o Sistema perde significância. Mais do que as formas, ganha relevância a sua representação enquanto símbolo cultural. Hoje, a condição patrimonial deverá incidir na capacidade de representação dos valores que estabelecem vínculos entre o presente e o passado. Importa compreender como poderá a inércia que o sistema energético produz no território ser (re)entendida como recurso prospetivo e transformador.

Palavras-chave: Produção de energia, Sistema carbonífero, património, paisagem cultural, ordenamento do território

ABSTRACT
In 1994, the last national fuel exploitation was closed, leading to the suspension of the landscape evolution process, formerly determined by the transformation of coal into energy, from the social support structures close to the coal extraction points along the Douro Coalfield, up to the (infra)structural systems of, and in, the city of Porto. The whole system lost its significance after the dematerialization of energy resource: the element that once articulated territorial development became immaterial, and the system lost its physical support structure. Today, the patrimonial condition should be supported on the capacity to represent values and needs that establish links between the present and the past. So that, it is important to understand how the inertia that the energy system produces in the territory can be (re)understood as a prospective and renovating resource.

Keywords: Energy production, carboniferous system, heritage, cultural landscape, territorial planning

 
1. O Sistema Carbonífero do Douro: Da Paisagem ao Ordenamento
1.1. Paisagem tecnológica
1.1.1. Carvão como força motriz
Duas décadas após a introdução do fuelóleo na central termoelétrica da Tapada do Outeiro, encerra a última exploração de combustível nacional. Em 1994 dá-se a morte assistida da Mina do Pejão. A afirmação da era industrial da eletricidade e da transformação química vem alterar o sistema energético assente no que Mumford (1934) designa por Capitalismo Carbonífero.
Até à introdução de carvão, a concentração das estruturas produtivas – e consequentemente, urbanas- é determinada em função da proximidade à fonte de energia. Com esta inovação, a indústria passa a viver da acumulação de energia: deixa de ser o combustível o fator determinante para a sua localização.
Enquanto capital acumulável, o carvão, um mineral não oxidado, rapidamente se torna mais rentável do que a madeira: muito mais compacto, a sua extração, transporte, armazenamento e transformação passam a constituir-se como sistema de organização territorial, introduzindo a energia potencial novos paradigmas de ordenamento territorial.
paisagem tecnológica (Macedo, 2012) decorrente da produção de energia a partir do único combustível nacional estende-se desde os pontos de extração – aqui sobre a Faixa Carbonífera do Douro - até aos sistemas domésticos de aquecimento, centrais de produção termoelétrica e estruturas industriais, maioritariamente no Porto. É o que consideramos como Sistema Carbonífero do Douro.
A Faixa Carbonífera do Douro estende-se desde as proximidades de Fão (S. Pedro de Fins), atravessa o Rio Douro na direção sudeste e prolonga-se até Arouca (Janarde), ao longo de 53Km e apresentando uma largura sempre inferior a 500m. Desta faixa, a área que se estende ao longo de aproximadamente 26 km, entre Ermesinde (concelho de Valongo) e Paraíso (concelho de Castelo de Paiva) -abrangendo o concelho de Gondomar e o de Castelo de Paiva- é denominada, no que diz respeito à geologia, Bacia Carbonífera do Douro.
No contexto nacional, as suas antracites afirmam-se a partir da segunda metade do século XIX, pela sua superioridade e poder calorífico; também pela proximidade dos pontos de extração à cidade do Porto, então integrada no próprio processo de transformação do carvão.
A linha de produção de energia passa a constituir-se como uma linha de produção de território, então determinada pela utilização do carvão enquanto fonte de energia potencial.



domingo, 25 de novembro de 2018

Problema dos microplásticos

Microplásticos e a poluição nos oceanos | Minuto da Terra

Documentário emitido pela RTP-Madeira, baseado nos trabalhos efetuados no âmbito da Campanha Oceanográfica OOM-2017, coordenada pelo Observatório Oceânico da Madeira.


terça-feira, 20 de novembro de 2018

Poema sobre o Meio Ambiente «Assim Como»

Assim Como

Os cortes doem,
Assim como os das árvores.
A prisão é ruim,
Assim como dos pássaros.
A destruição da natureza é ruim,
Assim como a destruição da confiança.
O desperdício da água é ruim,
Como o desperdício de uma chance.
Gabriele Vieira

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

CMS Global Action for Migratory Animals (Video legendado PT)

A Convenção sobre a Conservação das Espécies Migradoras Pertencentes à Fauna Selvagem, mais conhecida simplesmente por Convenção de Bona ou por CMS (do inglês Convention on Migratory Species), é um tratado intergovernamental, concluído sob a égide da Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), que pretende contribuir para conservar um vasto conjunto de espécies migratórias terrestres, marinhas e de aves. A convenção foi assinada em Bona em 24 de junho de 1979 e entrou em vigor a 1 de novembro de 1983, tendo a 1 de janeiro de 2013 um total de 118 Estados e territórios signatários.



domingo, 18 de novembro de 2018

Soluções para promover o desenvolvimento sustentável

Soluções para promover o desenvolvimento sustentável
Uso das energias renováveis:
As energias renováveis incluem todas as formas de energia que não se esgotam, como a solar, a eólica, a hídrica, a geotérmica, das ondas e marés e da biomassa.
O aumento da utilização das energias renováveis contribui para a diminuição das emissões de gases com efeito de estufa e da poluição atmosférica,aquática e dos solos.
Redução da poluição:

Para que o nosso planeta volte ao que era à muitos anos atrás, todos nós temos de tomar medidas, como por exemplo:
- Separar o lixo doméstico daquele que se pode reciclar;
- Não fazer descargas de lixo orgânico na Natureza;
- Não deitar lixo ao chão;
- Limpar a floresta;
Estas são algumas das dezenas de medidas que se podem tomar para tornarmos o nosso planeta num local melhor para viver.
Redução da emissão de gases com efeitos de estufa:
style="font-size: 16px;">Para reduzir a emissão de gases com efeito de estufa, podemos começar por praticar a regra dos 3 Rs que consiste em
R
eduzir, 
R
eutilizar e 
R
eciclar. Mas tambem podemos reduzir o consumo de produtos industrializados e andar mais a pé ou de transportes públicos. Estas são algumas das soluções que existem para reduzir a emissão de gases com efeito de estufa.
Conclusão:
Soluções:

Existem muitas soluções para promover o desenvolvimento sustentável, mas eu só irei falar das mais importantes, que são:

- O uso de energias renováveis;
- Reduzir a poluição;
- Reduzir a emissão de gases com efeito de estufa.

Apesar de eu não praticar nenhuma das soluções que apresentei, reconheço que as minhas ações não contribuem nada para melhorar a situação do nosso planeta. Com este trabalho aprendi que existem muitas soluções para que a nossa estadia no Planeta Terra seja bem melhor.


sábado, 17 de novembro de 2018

Microplásticos, o que são?


Nas últimas décadas a poluição marinha por plásticos tem vindo a ser uma ameaça crescente para a vida marinha.
A produção mundial de plásticos tem vindo a aumentar desde 1950 e em 2013 estima-se que foram produzidas cerca de 300 milhões de toneladas (PlasticsEurope, 2015). Os plásticos agregam mais de 20 famílias de polímeros entre as quais polietileno (PE), polipropileno (PP), policloreto de vinilo (PVC), poliuretano (PUR), poliestireno (PS) e poliamida (PA) que representam cerca de 90% do total da produção mundial. Para além do polímero principal, os plásticos contém uma série de aditivos para melhorAR as especificações do produto tais como: ductilidade, dureza, durabilidade ou resistência ao clima. Em relação a alguns destes aditivos especialmente certos plastificantes, existe suspeita de que sejam desreguladores endócrinos para animais e para os seres humanos. Todos os anos, uma parte muito significativa dos plásticos da indústria e dos consumidores são libertados no ambiente, estimando-se que cerca de 10% dos plásticos produzidos terminem nos oceanos e mares.
Em menos de um século de existência os detritos de plástico já representam cerca de 60 a 80% do lixo marinho dependendo da localização. Uma vez no ambiente, macro detritos sofrem degradação mecânica (erosão, abrasão), química (foto-oxidação, temperatura, corrosão) e biológica (degradação por micro organismos). A fragmentação do plástico é considerado ser um processo infinito e que pode continuar até ao nível molecular podendo levar à formação contínua de micro plásticos e até nano partículas de plástico (partículas com dimensão inferior a 1 µm), no ambiente.
Tem vasta aceitação entre a comunidade científica a definição de MACRO LIXO como o lixo de dimensão superior a 25 mm, sendo o termo MICRO LIXO baseado na definição de micro plástico, como partículas de plástico com dimensão inferior a 5 mm. A gama de dimensões variáveis entre 5 mm e 25 mm são designadas como MESO LIXO.
A composição de micro e macro plástico difere devido a diferenças de eficiência da degradação e origens dos vários polímeros. Amostras de lixo flutuante (lixo à superfície dos oceanos) são maioritariamente constituídas por polipropileno, polietileno e esferovite (poliestireno expandido), bem como poliestireno (não expandido), policloreto de vinilo (PVC) e poliéster (PET), (Andrady, 2015). Este último é mais denso do que a água do mar e sedimenta no fundo.
A presença de Plásticos e Micro Plásticos no ambiente aquático é um assunto de preocupação. Há uma evidência crescente de que os organismos marinhos em todos os níveis da cadeia alimentar ingerem plásticos e micro plásticos que desta forma entram na cadeia alimentar. A prevenção na origem é um aspeto crucial para enfrentar o desafio da poluição por micro plástico.
É também do conhecimento geral que as fontes mais prováveis para geração de pequenos fragmentos de plásticos no oceano são as praias porque os detritos plásticos deixados nas praias rapidamente sofrem degradação por foto-oxidação graças à exposição à radiação ultravioleta do sol e ao calor da areia (Andrady, 2011). 

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Amazonas

A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo. Ocupa cerca de 600 milhões de hectares, cobrindo nove países, sendo mais da metade no território brasileiro. Em território nacional constitui a Amazônia Legal, que inclui os estados do Pará, Amazonas, Roraima, Amapá, Rondônia, Acre e parte dos estados do Maranhão, Mato Grosso e Tocantins.


Floresta Amazônica. Foto: Filipe Frazao / Shutterstock.com

Encontra-se nas baixas latitudes, recebendo uma forte entrada de energia solar e um abastecimento quase constante de massa de ar úmido. O clima é equatorial, com temperaturas médias muito altas e chuvas abundantes que caem o ano inteiro.

É na região amazônica que se encontra a maior bacia hidrográfica do mundo, tendo como principal rio o Amazonas, o maior rio do mundo em extensão e volume de água. Outros rios grandes, médios e pequenos atravessam essa região. Estima-se que cerca de 20% das águas doces do planeta circulam na bacia Amazônica.

Os solos apresentam baixa retenção de nutrientes, pois a grande quantidade de chuvas lixiviam esses solos, retirando seus nutrientes. Porém, uma fina camada de nutrientes se forma a partir da decomposição de folhas, galhos, frutos e animais mortos, sendo muito importante para as plantas da região.
Rios na Floresta Amazônica. Foto: Gustavo Frazao / Shutterstock.com

Apesar dos solos quimicamente pobres, a vegetação da Floresta Amazônica é exuberante, densa e perene, pois os poucos nutrientes do solo são absorvidos rapidamente pelas raízes das árvores, que os liberam novamente para o solo, realizando uma constante e rápida ciclagem de nutrientes.

Basicamente existem três tipos de formações vegetais:

    Mata de terra firme - localiza-se em áreas mais elevadas, não atingidas por inundações periódicas. As árvores são de grande porte e determinam a fisionomia da comunidade, representadas pela castanheira, mogno, angelim, andiroba, cedro e outras. Existe também elevada quantidade de cipós, plantas herbáceas e epífitas, palmeiras, liquens e musgos.
    Mata de várzea - localiza-se em terras mais baixas e está sujeita a inundações periódicas. Nas partes mais altas as árvores são capazes de suportar inundações por alguns meses. Elas brotam quando a água está baixando e florescem e dão frutos quando a água está subindo. Os solos são mais férteis, pois no período de cheia as águas depositam sedimentos ricos em nutrientes nesses solos. Destacam-se árvores como o cumaru, seringueira e jatobá.
    Mata de igapó – localiza-se em terrenos baixos próximos aos rios, onde os solos estão quase sempre alagados. A vegetação é baixa com árvores afastadas e adaptadas ao ambiente alagado, como a palmeira jauari (Astrocaryum jauari). A vitória-régia também é encontrada nesse ambiente.
Área desmatada na Floresta Amazônica. Foto: guentermanaus / Shutterstock.com

A fauna da Floresta Amazônica é riquíssima. Inúmeras espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e invertebrados habitam esse ambiente. Onças, macacos, ariranhas, jacarés, tucanos e cobras são alguns desses animais.

O desmatamento da Floresta Amazônica reduz sua biodiversidade, além de empobrecer os solos e poluir os rios, entre outros impactos. As atividades agropecuárias, madeireiras e de mineração, as queimadas e o contrabando de animais são as principais ameaças a essa floresta. Estima-se que a floresta já perdeu quase 20% do seu tamanho original.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Laurissilva da ilha da Madeira


A floresta de Laurissilva da Ilha da Madeira passou a integrar desde Dezembro de 1999 a Lista do Património Natural Mundial da UNESCO. Aqui falamos do porquê desta distinção e da sua importância a nível mundial.



A Macaronésia, constituida pelos arquipélagos da Madeira, Canárias, Açores e Cabo Verde, conserva os restos de uma vegetação que remonta à Era Terciária. No fim do Terciário as glaciações originaram o desaparecimento desta floresta em quase todo o continente europeu, tendo-se mantido na Macaronésia devido à influência benéfica do Oceano Atlântico.
A Madeira é a região do mundo onde a Laurissilva se mantém em melhor estado de conservação e com maior número de endemismos (espécies que só existem naquele local).

Esta floresta, denominada frequentemente de "produtora de água", é responsável pela captação e infiltração de grandes quantidades deste líquido, que irá mais tarde abastecer as nascentes e permitir o aproveitamento hidroeléctrico por parte das populações. É de extrema importância para a manutenção da estabilidade dos solos nas declivosas encostas onde se situa.

Como árvores dominantes desta floresta indígena, temos 4 elementos da família das Lauráceas, o loureiro, o til, o vinhático e por último o barbusano. Apesar de parecerem iguais, um olhar mais atento às suas folhas permite distinguir as diferentes espécies. Podemos ainda encontrar árvores como, o pau branco, o folhado e o aderno.

Ao nível arbustivo e herbáceo encontramos espécies como a uveira da serra, o isoplexis, o massaroco, as estreleiras, os gerânios, o ranúnculo, a orquídea da serra e a orquídea branca. Esta última é extremamente rara e indicadora duma zona especialmente bem conservada.

Nos últimos anos têm aparecido espécies infestantes, como os eucaliptos e as acácias que pouco a pouco têm vindo a ganhar terreno em relação à floresta indígena. Está já em curso um plano de erradicação destas espécies.

A fauna existente na Laurissilva é particularmente rica em vertebrados e invertebrados. Relativamente a estes últimos é de referir a existência de mais de uma centena de endemismos de moluscos terrestres.

No grupo dos vertebrados merecem destaque duas raras espécies de morcegos e o pombo trocaz. Para além destes vertebrados podemos encontrar ainda a manta, o tentilhão e o bisbis.
A floresta de Laurissilva da Madeira com uma área de 15 000 hectares está totalmente incluída no Parque Natural da Madeira como Reserva Natural Parcial e Reserva Natural Integral. É uma Zona de Protecção Especial no âmbito da Directiva Aves Selvagens e um Sítio de Interesse Comunitário ao abrigo da Directiva Habitats. É Reserva Biogenética do Conselho da Europa desde 1992. A distinção da UNESCO no passado ano veio confirmar a importância deste património a nível mundial.

As visitas pela floresta estão sujeitas a uma marcação prévia para o Parque Natural da Madeira (tel 291795155) e são geralmente percursos pedestres com a duração de um dia, acompanhados por técnicos especializados. As marcações devem ser feitas com alguma antecedência

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Biomas terrestres


Bioma é uma unidade biológica ou espaço geográfico caracterizado de acordo com o macroclima, a fitofisionomia (aspecto da vegetação de um lugar), o solo e a altitude específicos. Alguns, também são caracterizados de acordo com a presença ou não de fogo natural.

A palavra bioma (de bios=vida e oma=grupo ou massa) foi usada pela primeira vez com o significado acima por Clements (ecologista norte-americano) em 1916. Segundo ele a definição para bioma seria, “comunidade de plantas e animais, geralmente de uma mesma formação, comunidade biótica”.
Não existe consenso sobre quantos biomas existem no mundo. Isso porque a definição de bioma varia de autor para autor. Mas, em geral, são citados 11 tipos de biomas diferentes que costumam variar de acordo com a faixa climática. Por exemplo, o bioma de floresta tropical no Brasil é semelhante a um bioma de floresta tropical na África devido a ambos os locais se situarem na mesma faixa climática. Isso significa que as fitofisionomia, o clima, o solo e a altitude dos dois locais é semelhante, muito embora possam existir espécies em um local que não existem no outro.

Os biomas são: florestas tropicais úmidas, tundras, desertos árticos, florestas pluviais, subtropicais ou temperadas, bioma mediterrâneo, prados tropicais ou savanas, florestas temperadas de coníferas, desertos quentes, prados temperados, florestas tropicais secas e desertos frios. Existem ainda, os sistemas mistos que combinam características de dois ou mais biomas.
Os biomas podem, ainda, ser divididos em biomas aquáticos do qual fazem parte a plataforma continental, recifes de coral, zonas oceânicas, praias e dunas; e biomas terrestres. Os biomas terrestres são constituídos por basicamente três grupos de seres: os produtores (vegetais), os consumidores (animais) e os decompositores (fungos, bactérias).

É comum a confusão do termo bioma com o termo biota. Porém, biota designa a parte viva de um ecossistema. Não considerando, portanto, características como o clima que fazem parte de uma classificação mais abrangente (bioma).