segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Ecologia e Geologia dos Carvões do Douro


O Sistema Carbonífero do Douro: da paisagem ao ordenamento
The Carboniferous System of Douro: from landscape to territorial planning

Ribeiro, Daniela1
1 Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto; Via Panorâmica S/N, 4150-755 Porto, Portugal; daniela.p.alvesribeiro@gmail.com


RESUMO
Em 1994 encerra a última exploração de combustível nacional, ficando em suspenso a evolução da paisagem outrora determinada pela transformação do carvão em energia, desde as estruturas de apoio social na proximidade dos pontos de extração ao longo da Bacia Carbonífera do Douro, até aos sistemas (infra)estruturais da, e na, cidade do Porto. Desmaterializada a fonte de energia, todo o Sistema perde significância. Mais do que as formas, ganha relevância a sua representação enquanto símbolo cultural. Hoje, a condição patrimonial deverá incidir na capacidade de representação dos valores que estabelecem vínculos entre o presente e o passado. Importa compreender como poderá a inércia que o sistema energético produz no território ser (re)entendida como recurso prospetivo e transformador.

Palavras-chave: Produção de energia, Sistema carbonífero, património, paisagem cultural, ordenamento do território

ABSTRACT
In 1994, the last national fuel exploitation was closed, leading to the suspension of the landscape evolution process, formerly determined by the transformation of coal into energy, from the social support structures close to the coal extraction points along the Douro Coalfield, up to the (infra)structural systems of, and in, the city of Porto. The whole system lost its significance after the dematerialization of energy resource: the element that once articulated territorial development became immaterial, and the system lost its physical support structure. Today, the patrimonial condition should be supported on the capacity to represent values and needs that establish links between the present and the past. So that, it is important to understand how the inertia that the energy system produces in the territory can be (re)understood as a prospective and renovating resource.

Keywords: Energy production, carboniferous system, heritage, cultural landscape, territorial planning

 
1. O Sistema Carbonífero do Douro: Da Paisagem ao Ordenamento
1.1. Paisagem tecnológica
1.1.1. Carvão como força motriz
Duas décadas após a introdução do fuelóleo na central termoelétrica da Tapada do Outeiro, encerra a última exploração de combustível nacional. Em 1994 dá-se a morte assistida da Mina do Pejão. A afirmação da era industrial da eletricidade e da transformação química vem alterar o sistema energético assente no que Mumford (1934) designa por Capitalismo Carbonífero.
Até à introdução de carvão, a concentração das estruturas produtivas – e consequentemente, urbanas- é determinada em função da proximidade à fonte de energia. Com esta inovação, a indústria passa a viver da acumulação de energia: deixa de ser o combustível o fator determinante para a sua localização.
Enquanto capital acumulável, o carvão, um mineral não oxidado, rapidamente se torna mais rentável do que a madeira: muito mais compacto, a sua extração, transporte, armazenamento e transformação passam a constituir-se como sistema de organização territorial, introduzindo a energia potencial novos paradigmas de ordenamento territorial.
paisagem tecnológica (Macedo, 2012) decorrente da produção de energia a partir do único combustível nacional estende-se desde os pontos de extração – aqui sobre a Faixa Carbonífera do Douro - até aos sistemas domésticos de aquecimento, centrais de produção termoelétrica e estruturas industriais, maioritariamente no Porto. É o que consideramos como Sistema Carbonífero do Douro.
A Faixa Carbonífera do Douro estende-se desde as proximidades de Fão (S. Pedro de Fins), atravessa o Rio Douro na direção sudeste e prolonga-se até Arouca (Janarde), ao longo de 53Km e apresentando uma largura sempre inferior a 500m. Desta faixa, a área que se estende ao longo de aproximadamente 26 km, entre Ermesinde (concelho de Valongo) e Paraíso (concelho de Castelo de Paiva) -abrangendo o concelho de Gondomar e o de Castelo de Paiva- é denominada, no que diz respeito à geologia, Bacia Carbonífera do Douro.
No contexto nacional, as suas antracites afirmam-se a partir da segunda metade do século XIX, pela sua superioridade e poder calorífico; também pela proximidade dos pontos de extração à cidade do Porto, então integrada no próprio processo de transformação do carvão.
A linha de produção de energia passa a constituir-se como uma linha de produção de território, então determinada pela utilização do carvão enquanto fonte de energia potencial.



domingo, 25 de novembro de 2018

Problema dos microplásticos

Microplásticos e a poluição nos oceanos | Minuto da Terra

Documentário emitido pela RTP-Madeira, baseado nos trabalhos efetuados no âmbito da Campanha Oceanográfica OOM-2017, coordenada pelo Observatório Oceânico da Madeira.


terça-feira, 20 de novembro de 2018

Poema sobre o Meio Ambiente «Assim Como»

Assim Como

Os cortes doem,
Assim como os das árvores.
A prisão é ruim,
Assim como dos pássaros.
A destruição da natureza é ruim,
Assim como a destruição da confiança.
O desperdício da água é ruim,
Como o desperdício de uma chance.
Gabriele Vieira

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

CMS Global Action for Migratory Animals (Video legendado PT)

A Convenção sobre a Conservação das Espécies Migradoras Pertencentes à Fauna Selvagem, mais conhecida simplesmente por Convenção de Bona ou por CMS (do inglês Convention on Migratory Species), é um tratado intergovernamental, concluído sob a égide da Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), que pretende contribuir para conservar um vasto conjunto de espécies migratórias terrestres, marinhas e de aves. A convenção foi assinada em Bona em 24 de junho de 1979 e entrou em vigor a 1 de novembro de 1983, tendo a 1 de janeiro de 2013 um total de 118 Estados e territórios signatários.



domingo, 18 de novembro de 2018

Soluções para promover o desenvolvimento sustentável

Soluções para promover o desenvolvimento sustentável
Uso das energias renováveis:
As energias renováveis incluem todas as formas de energia que não se esgotam, como a solar, a eólica, a hídrica, a geotérmica, das ondas e marés e da biomassa.
O aumento da utilização das energias renováveis contribui para a diminuição das emissões de gases com efeito de estufa e da poluição atmosférica,aquática e dos solos.
Redução da poluição:

Para que o nosso planeta volte ao que era à muitos anos atrás, todos nós temos de tomar medidas, como por exemplo:
- Separar o lixo doméstico daquele que se pode reciclar;
- Não fazer descargas de lixo orgânico na Natureza;
- Não deitar lixo ao chão;
- Limpar a floresta;
Estas são algumas das dezenas de medidas que se podem tomar para tornarmos o nosso planeta num local melhor para viver.
Redução da emissão de gases com efeitos de estufa:
style="font-size: 16px;">Para reduzir a emissão de gases com efeito de estufa, podemos começar por praticar a regra dos 3 Rs que consiste em
R
eduzir, 
R
eutilizar e 
R
eciclar. Mas tambem podemos reduzir o consumo de produtos industrializados e andar mais a pé ou de transportes públicos. Estas são algumas das soluções que existem para reduzir a emissão de gases com efeito de estufa.
Conclusão:
Soluções:

Existem muitas soluções para promover o desenvolvimento sustentável, mas eu só irei falar das mais importantes, que são:

- O uso de energias renováveis;
- Reduzir a poluição;
- Reduzir a emissão de gases com efeito de estufa.

Apesar de eu não praticar nenhuma das soluções que apresentei, reconheço que as minhas ações não contribuem nada para melhorar a situação do nosso planeta. Com este trabalho aprendi que existem muitas soluções para que a nossa estadia no Planeta Terra seja bem melhor.


sábado, 17 de novembro de 2018

Microplásticos, o que são?


Nas últimas décadas a poluição marinha por plásticos tem vindo a ser uma ameaça crescente para a vida marinha.
A produção mundial de plásticos tem vindo a aumentar desde 1950 e em 2013 estima-se que foram produzidas cerca de 300 milhões de toneladas (PlasticsEurope, 2015). Os plásticos agregam mais de 20 famílias de polímeros entre as quais polietileno (PE), polipropileno (PP), policloreto de vinilo (PVC), poliuretano (PUR), poliestireno (PS) e poliamida (PA) que representam cerca de 90% do total da produção mundial. Para além do polímero principal, os plásticos contém uma série de aditivos para melhorAR as especificações do produto tais como: ductilidade, dureza, durabilidade ou resistência ao clima. Em relação a alguns destes aditivos especialmente certos plastificantes, existe suspeita de que sejam desreguladores endócrinos para animais e para os seres humanos. Todos os anos, uma parte muito significativa dos plásticos da indústria e dos consumidores são libertados no ambiente, estimando-se que cerca de 10% dos plásticos produzidos terminem nos oceanos e mares.
Em menos de um século de existência os detritos de plástico já representam cerca de 60 a 80% do lixo marinho dependendo da localização. Uma vez no ambiente, macro detritos sofrem degradação mecânica (erosão, abrasão), química (foto-oxidação, temperatura, corrosão) e biológica (degradação por micro organismos). A fragmentação do plástico é considerado ser um processo infinito e que pode continuar até ao nível molecular podendo levar à formação contínua de micro plásticos e até nano partículas de plástico (partículas com dimensão inferior a 1 µm), no ambiente.
Tem vasta aceitação entre a comunidade científica a definição de MACRO LIXO como o lixo de dimensão superior a 25 mm, sendo o termo MICRO LIXO baseado na definição de micro plástico, como partículas de plástico com dimensão inferior a 5 mm. A gama de dimensões variáveis entre 5 mm e 25 mm são designadas como MESO LIXO.
A composição de micro e macro plástico difere devido a diferenças de eficiência da degradação e origens dos vários polímeros. Amostras de lixo flutuante (lixo à superfície dos oceanos) são maioritariamente constituídas por polipropileno, polietileno e esferovite (poliestireno expandido), bem como poliestireno (não expandido), policloreto de vinilo (PVC) e poliéster (PET), (Andrady, 2015). Este último é mais denso do que a água do mar e sedimenta no fundo.
A presença de Plásticos e Micro Plásticos no ambiente aquático é um assunto de preocupação. Há uma evidência crescente de que os organismos marinhos em todos os níveis da cadeia alimentar ingerem plásticos e micro plásticos que desta forma entram na cadeia alimentar. A prevenção na origem é um aspeto crucial para enfrentar o desafio da poluição por micro plástico.
É também do conhecimento geral que as fontes mais prováveis para geração de pequenos fragmentos de plásticos no oceano são as praias porque os detritos plásticos deixados nas praias rapidamente sofrem degradação por foto-oxidação graças à exposição à radiação ultravioleta do sol e ao calor da areia (Andrady, 2011). 

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Amazonas

A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical do mundo. Ocupa cerca de 600 milhões de hectares, cobrindo nove países, sendo mais da metade no território brasileiro. Em território nacional constitui a Amazônia Legal, que inclui os estados do Pará, Amazonas, Roraima, Amapá, Rondônia, Acre e parte dos estados do Maranhão, Mato Grosso e Tocantins.


Floresta Amazônica. Foto: Filipe Frazao / Shutterstock.com

Encontra-se nas baixas latitudes, recebendo uma forte entrada de energia solar e um abastecimento quase constante de massa de ar úmido. O clima é equatorial, com temperaturas médias muito altas e chuvas abundantes que caem o ano inteiro.

É na região amazônica que se encontra a maior bacia hidrográfica do mundo, tendo como principal rio o Amazonas, o maior rio do mundo em extensão e volume de água. Outros rios grandes, médios e pequenos atravessam essa região. Estima-se que cerca de 20% das águas doces do planeta circulam na bacia Amazônica.

Os solos apresentam baixa retenção de nutrientes, pois a grande quantidade de chuvas lixiviam esses solos, retirando seus nutrientes. Porém, uma fina camada de nutrientes se forma a partir da decomposição de folhas, galhos, frutos e animais mortos, sendo muito importante para as plantas da região.
Rios na Floresta Amazônica. Foto: Gustavo Frazao / Shutterstock.com

Apesar dos solos quimicamente pobres, a vegetação da Floresta Amazônica é exuberante, densa e perene, pois os poucos nutrientes do solo são absorvidos rapidamente pelas raízes das árvores, que os liberam novamente para o solo, realizando uma constante e rápida ciclagem de nutrientes.

Basicamente existem três tipos de formações vegetais:

    Mata de terra firme - localiza-se em áreas mais elevadas, não atingidas por inundações periódicas. As árvores são de grande porte e determinam a fisionomia da comunidade, representadas pela castanheira, mogno, angelim, andiroba, cedro e outras. Existe também elevada quantidade de cipós, plantas herbáceas e epífitas, palmeiras, liquens e musgos.
    Mata de várzea - localiza-se em terras mais baixas e está sujeita a inundações periódicas. Nas partes mais altas as árvores são capazes de suportar inundações por alguns meses. Elas brotam quando a água está baixando e florescem e dão frutos quando a água está subindo. Os solos são mais férteis, pois no período de cheia as águas depositam sedimentos ricos em nutrientes nesses solos. Destacam-se árvores como o cumaru, seringueira e jatobá.
    Mata de igapó – localiza-se em terrenos baixos próximos aos rios, onde os solos estão quase sempre alagados. A vegetação é baixa com árvores afastadas e adaptadas ao ambiente alagado, como a palmeira jauari (Astrocaryum jauari). A vitória-régia também é encontrada nesse ambiente.
Área desmatada na Floresta Amazônica. Foto: guentermanaus / Shutterstock.com

A fauna da Floresta Amazônica é riquíssima. Inúmeras espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e invertebrados habitam esse ambiente. Onças, macacos, ariranhas, jacarés, tucanos e cobras são alguns desses animais.

O desmatamento da Floresta Amazônica reduz sua biodiversidade, além de empobrecer os solos e poluir os rios, entre outros impactos. As atividades agropecuárias, madeireiras e de mineração, as queimadas e o contrabando de animais são as principais ameaças a essa floresta. Estima-se que a floresta já perdeu quase 20% do seu tamanho original.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Laurissilva da ilha da Madeira


A floresta de Laurissilva da Ilha da Madeira passou a integrar desde Dezembro de 1999 a Lista do Património Natural Mundial da UNESCO. Aqui falamos do porquê desta distinção e da sua importância a nível mundial.



A Macaronésia, constituida pelos arquipélagos da Madeira, Canárias, Açores e Cabo Verde, conserva os restos de uma vegetação que remonta à Era Terciária. No fim do Terciário as glaciações originaram o desaparecimento desta floresta em quase todo o continente europeu, tendo-se mantido na Macaronésia devido à influência benéfica do Oceano Atlântico.
A Madeira é a região do mundo onde a Laurissilva se mantém em melhor estado de conservação e com maior número de endemismos (espécies que só existem naquele local).

Esta floresta, denominada frequentemente de "produtora de água", é responsável pela captação e infiltração de grandes quantidades deste líquido, que irá mais tarde abastecer as nascentes e permitir o aproveitamento hidroeléctrico por parte das populações. É de extrema importância para a manutenção da estabilidade dos solos nas declivosas encostas onde se situa.

Como árvores dominantes desta floresta indígena, temos 4 elementos da família das Lauráceas, o loureiro, o til, o vinhático e por último o barbusano. Apesar de parecerem iguais, um olhar mais atento às suas folhas permite distinguir as diferentes espécies. Podemos ainda encontrar árvores como, o pau branco, o folhado e o aderno.

Ao nível arbustivo e herbáceo encontramos espécies como a uveira da serra, o isoplexis, o massaroco, as estreleiras, os gerânios, o ranúnculo, a orquídea da serra e a orquídea branca. Esta última é extremamente rara e indicadora duma zona especialmente bem conservada.

Nos últimos anos têm aparecido espécies infestantes, como os eucaliptos e as acácias que pouco a pouco têm vindo a ganhar terreno em relação à floresta indígena. Está já em curso um plano de erradicação destas espécies.

A fauna existente na Laurissilva é particularmente rica em vertebrados e invertebrados. Relativamente a estes últimos é de referir a existência de mais de uma centena de endemismos de moluscos terrestres.

No grupo dos vertebrados merecem destaque duas raras espécies de morcegos e o pombo trocaz. Para além destes vertebrados podemos encontrar ainda a manta, o tentilhão e o bisbis.
A floresta de Laurissilva da Madeira com uma área de 15 000 hectares está totalmente incluída no Parque Natural da Madeira como Reserva Natural Parcial e Reserva Natural Integral. É uma Zona de Protecção Especial no âmbito da Directiva Aves Selvagens e um Sítio de Interesse Comunitário ao abrigo da Directiva Habitats. É Reserva Biogenética do Conselho da Europa desde 1992. A distinção da UNESCO no passado ano veio confirmar a importância deste património a nível mundial.

As visitas pela floresta estão sujeitas a uma marcação prévia para o Parque Natural da Madeira (tel 291795155) e são geralmente percursos pedestres com a duração de um dia, acompanhados por técnicos especializados. As marcações devem ser feitas com alguma antecedência

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Biomas terrestres


Bioma é uma unidade biológica ou espaço geográfico caracterizado de acordo com o macroclima, a fitofisionomia (aspecto da vegetação de um lugar), o solo e a altitude específicos. Alguns, também são caracterizados de acordo com a presença ou não de fogo natural.

A palavra bioma (de bios=vida e oma=grupo ou massa) foi usada pela primeira vez com o significado acima por Clements (ecologista norte-americano) em 1916. Segundo ele a definição para bioma seria, “comunidade de plantas e animais, geralmente de uma mesma formação, comunidade biótica”.
Não existe consenso sobre quantos biomas existem no mundo. Isso porque a definição de bioma varia de autor para autor. Mas, em geral, são citados 11 tipos de biomas diferentes que costumam variar de acordo com a faixa climática. Por exemplo, o bioma de floresta tropical no Brasil é semelhante a um bioma de floresta tropical na África devido a ambos os locais se situarem na mesma faixa climática. Isso significa que as fitofisionomia, o clima, o solo e a altitude dos dois locais é semelhante, muito embora possam existir espécies em um local que não existem no outro.

Os biomas são: florestas tropicais úmidas, tundras, desertos árticos, florestas pluviais, subtropicais ou temperadas, bioma mediterrâneo, prados tropicais ou savanas, florestas temperadas de coníferas, desertos quentes, prados temperados, florestas tropicais secas e desertos frios. Existem ainda, os sistemas mistos que combinam características de dois ou mais biomas.
Os biomas podem, ainda, ser divididos em biomas aquáticos do qual fazem parte a plataforma continental, recifes de coral, zonas oceânicas, praias e dunas; e biomas terrestres. Os biomas terrestres são constituídos por basicamente três grupos de seres: os produtores (vegetais), os consumidores (animais) e os decompositores (fungos, bactérias).

É comum a confusão do termo bioma com o termo biota. Porém, biota designa a parte viva de um ecossistema. Não considerando, portanto, características como o clima que fazem parte de uma classificação mais abrangente (bioma).

sábado, 10 de novembro de 2018

Desenvolvimento sustentável

A preocupação com o estado do ambiente no planeta manifestou-se pela primeira vez, ao mais alto nível, em 1972 aquando da Conferencia das Nações Unidas Sobre o Ambiente Humano (CNUAH), realizada em Estocolmo e da qual resultou a criação pela Assembleia Geral das Nações Unidas, do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA).


Dos trabalhos desta conferência nasceu a Declaração do Ambiente que no seu Princípio 1º afirma que o homem tem direito a viver "num ambiente cuja qualidade lhe permita viver com dignidade e bem-estar, cabendo-lhe o dever solene de proteger e melhorar o ambiente para as gerações atuais e vindouras".
Em 1983, o Secretário Geral das Nações Unidas solicitou à Senhora Gro Harlem Brundtland, primeira-ministra da Noruega, que instituísse e presidisse a uma comissão especial independente que elaborasse um relatório sobre ambiente e desenvolvimento. Surgiu assim a Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento (CMAD).
A CMAD foi criada com objetivo de:
Reexaminar os problemas ambientais e do desenvolvimento e definir propostas de ação inovadoras, concretas e realistas para os remediar;
Reforçar a cooperação internacional nos domínios do ambiente e do desenvolvimento;
Aumentar o nível de compreensão e de compromisso sobre a questão ambiental e o desenvolvimento, por parte dos governos, dos indivíduos, das instituições, das organizações e das empresas;
O Relatório Brundtland foi apresentado em 1987.
Brundtland define Desenvolvimento Sustentável como um modelo de desenvolvimento que "responda às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras darem resposta às suas próprias necessidades".
Como resultado dos trabalhos da CMAD ficou definitivamente assumido que ambiente e desenvolvimento são questões inseparáveis.
Encontre aqui as Declarações das principais Conferências sobre Desenvolvimento Sustentável:
Declaração de Estocolmo – 1972
Declaração do Rio – 1992
Declaração de Joanesburgo – 2002
Declaração do Rio - 2012

domingo, 4 de novembro de 2018

Ecossistemas


Ecossistema é uma comunidade de organismos que interagem entre si e com o meio ambiente ao qual pertencem. Podemos citar como exemplo de meio ambiente: lago, floresta, savana, tundra, etc.


Também fazem parte de um sistema todos os componentes abióticos (sem vida), como, por exemplo, minerais, íons, compostos orgânicos e clima (temperatura, precipitações e outros fatores físicos).
Os componentes bióticos (seres vivos), são representados em vários níveis, eles estão classificados da seguinte forma:
Produtores – ex.: autótrofos – são seres vivos capazes de produzir seu próprio alimento através de substâncias inorgânicas, como, por exemplo, as plantas que realizam a fotossíntese através da luz solar.
Consumidores – ex.: heterótrofos – são seres que se alimentam de outros seres, pois, ao contrário dos autótrofos, não são capazes de produzir seu próprio alimento. Dentro desta classificação, incluem-se todos os animais, a maioria dos fungos e algumas plantas.
Decompositores – ex.: saprófitos – organismos que se alimentam de outros organismos em estágio de decomposição. Dentre eles estão os fungos e as bactérias.

É importante sabermos que dentro desta classificação, um organismo depende o outro, pois, após passar por seu “último ciclo”, os compostos orgânicos são utilizados dentro do ecossistema como nutriente para os produtores, iniciando-se assim, um novo ciclo.


Ecossistema de Floresta Laurissilva

A Laurissilva (designação que provém do latim, Laurus (Loureiro, lauráceas) e Silva (floresta, bosque) é considerada uma floresta relíquia, cuja origem remonta há 20 milhões de anos, época em que chegou a ocupar vastas extensões da bacia do Mediterrâneo.
As glaciações que ocorreram no início do Quaternário levaram à sua quase extinção na Europa Continental. No entanto, o clima mais ameno conferido pelo Oceano Atlântico permitiu a sobrevivência deste tipo florestal na Macaronésia (do grego makáron = feliz, afortunado e nesoi = ilhas), zona biogeográfica constituída pelos arquipélagos dos Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde.

Esta floresta de características subtropicais húmidas representa um ecossistema de extrema importância botânica e científica. É caracterizada por árvores de grande porte, maioritariamente pertencentes à família das Lauráceas (til, loureiro, vinhático, barbusano), para além de outras, dando igualmente abrigo a numerosos endemismos nos estratos arbustivos e herbáceos. Salienta-se ainda a sua riqueza em fetos, musgos, líquenes e hepáticas e outras plantas de pequeno porte. A floresta Laurissilva foi classificada como Reserva Biogenética do Conselho da Europa, em 1992 e foi incluída na Lista do Património Natural Mundial da UNESCO, em 1999.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

O que sabem os portugueses sobre o ambiente?



O Acha que Conhece o seu País procurou descobrir o que sabem os portugueses sobre a água e os combustíves que consumimos, que destino damos aos nossos resíduos domésticos e em que nível estamos no aproveitamento das energias renováveis.